Destinatários do amor - Continentes para a função psicanalitica da personalidade
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- 28 de out.
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Este artigo foi publicado em 2025 na Revista Ide (São Paulo).
Autora: Marina F. R. Ribeiro [1]

Francesca [2] e Bion em Brasília, 1975 (Acervo da SBPSP).
Ah… a delicadeza do amor… força e fragilidade… o vivo requer espaço e tempo… é água que escorre, transborda e se espalha no espaço consentido.
Em um depoimento gravado em vídeo, Octavio Paz diz:
Eu não sei se o amor é conhecimento, como pensava Platão. Creio que o amor é reconhecimento, reconhecemos uma imagem muito antiga que tínhamos gravado no íntimo do nosso ser. E, também, e isso talvez seja o mais importante, nos sentimos reconhecidos, sentimos que alguém nos reconhece, que alguém nos vê de verdade.… O reconhecimento de uma pessoa única, singular. Não uma pessoa única para todos, mas para mim. E eu sou uma pessoa única, singular para ela. Isto para mim é, eu creio, o amor. (tradução livre da autora)
Ao compreendermos a psicanálise como uma habilidade humana em potencial (Chuster e cols., 2011) amalgamada a uma matriz amorosa, consideramos que a contínua construção autobiográfica está presente da cesura do nascimento à cesura da morte. A psicanálise, como a vida, é uma atividade autobiográfica, todos os textos são autobiográficos (Bion, 1965/2014c).
Anne Lise Scappaticci [3] (2023) escreve sobre o tesouro da linguagem na odisseia da vida: “somos sempre passageiros do desconhecido, não importa quanta análise façamos. Nunca saberemos quem somos”. Como um passageiro do desconhecido, Bion parece ter buscado em seus escritos autobiográficos um continente para suas intensas turbulências. Sim, um texto pode ser um continente, uma forma de pensar. Conforme a autora “a autobiografia é uma transcrição de uma realidade interior, do psíquico, sobre o qual nunca se tem conhecimento direto e completo” (p. 136). Penso que a capacidade de sofrer a dor e a arte de realizar nas palavras sentidos para as turbulências fazem parte da função psicanalítica da personalidade. Francesca Bion escreve: “O que interessava, antes de tudo, era estimular a reflexão e a curiosidade do outro. Ele sabia que não havia ‘respostas’, mas só perguntas” (Associação Francesa de Psiquiatria, 1991/2022, p. 35).
É o que tentarei fazer neste texto, estimular a reflexão e a curiosidade a partir de uma parte da obra de Bion pouco referida, as cartas a Francesca. Penso que esse vínculo foi uma verdadeira cesura na vida de Bion, e fundamental para o homem e sua obra.
Encontrei apenas um artigo sobre as cartas, de Janet Sayers (2002), nomeado: “Darling Francesca: Bion, love-letters and madness” (Querida Francesca: Bion, cartas de amor e loucura).
Francesca (Bion, 1985/2014a), cinco anos após a morte de Bion, relata na introdução do livro autobiográfico All my sins remembered: another part of a life & The other side of genius: family letters (Todos os meus pecados lembrados: a outra parte de uma vida e O outro lado do gênio: cartas de família):
Este testemunho triste e introspectivo, por si só, apresentaria uma imagem falsa da vida de um homem que obteve grande felicidade e recompensa no seu casamento, família e trabalho. A evidência mais clara disso é fornecida por suas cartas para nós, escritas sem nenhum público em mente e sem necessidade de enfatizar seus pecados de omissão, confiantes em nosso amor e compreensão. Quase todo o seu pensamento criativo e escrita foram feitos durante esses anos, quando ele foi finalmente libertado dos confins da guerra, do luto e de um sentimento de desesperança. Tornamos públicas algumas dessas comunicações privadas porque elas dizem muito ao leitor - não sobre nós, a sua esposa e filhos, mas sobre ele, o marido e pai. Temos orgulho de ter sido sua família e destinatários de seu amor. (Bion, 1985/2014a, p. 7; tradução livre)
Destinatários do amor
Construindo conjecturas teóricas e imaginativas, pergunto: será que Francesca publicou as cartas movida pelo desejo de apresentar a “substância humana [4] Bion”? O outro lado do gênio que compõe o gênio? Será que esse significativo vínculo foi o favorecedor da função psicanalítica da personalidade para Bion? Considero que a substância humana do analista compõe a sua função psicanalítica da personalidade. Escrevo em texto anterior:
O sonhar, por meio da reverie/função alfa, é um dos principais processos por meio dos quais a função psicanalítica da personalidade se manifesta. Bion propõe que a mente é equipada com essa função geradora, criadora de sentido, no infindável processo de elaboração das experiências emocionais, e da necessidade humana de encontrar o sentido e a verdade, única a cada um.Nos textos de Chuster e colaboradores (2011, 2014), encontramos a ideia de que a análise está dentro das pessoas como uma habilidade humana em potencial; ou seja, o processo analítico pode expandir uma função que é humana, a função psicanalítica da personalidade, que consiste no interesse e na ética do conhecimento de si, o conhecimento da verdade da experiência emocional, sustentado pelo setting analítico, como vimos com Ogden (2010) e também com Chuster (2003, 2011, 2014 e 2018), uma forma inédita de relacionamento humano criada por Freud. (Ribeiro, 2019, p. 181)
Figueiredo (2022) compreende essa função como “uma universal capacidade humana de hospedagem, afetação, ligação, representação, simbolização, transformação e compartilhamento das experiências emocionais” (p. 11).
Somos feitos da mesma matéria que os sonhos, escreve Shakespeare. Somos sonho. A aptidão para o sonho é substância humana, é função psicanalítica da personalidade.
Destinatários do amor são continentes para a amorosidade da função psicanalítica da personalidade, essa é a ideia que sigo nas próximas páginas, a partir de uma carta de Bion de 14 de agosto de 1952, 15 dias após o nascimento de Julian (30 de julho de 1952), seu primeiro filho. Lembrando ao leitor que, quando Bion escreve sobre reverie em 1962, ele usa a palavra “amorosidade”, ou seja, a matriz amorosa é fator da função psicanalítica da personalidade.
Francesca, meu amor … Eu tive a melhor sessão até agora com a minha criança-problema, e, embora tenha havido razões externas para isso, também é um sinal de um bom trabalho aqui. Meu querido amor, tudo isso é graças a você. Se não fosse pelo pensamento do seu amor por mim, eu não acredito que conseguiria curar ninguém ou qualquer coisa (nada) - certamente não no estado de mente que tenho estado no último mês. (Bion, 1985/2014a, vol. II, p. 121; tradução livre)
Ao ler as cartas, é imediata a percepção da amorosidade de Bion, e é possível captar suas ideias de forma livre, constatando como leitores sua apurada e sensível observação da vida. Francesca considerou importante publicar a qualidade da substância humana Bion: uma capacidade amorosa encantadora, que não submergiu nem com o afastamento precoce da família aos 8 anos, nem nas duas guerras de que participou. Uma invariância da sua personalidade? Penso que sim, o amor à vida, fonte de todas as outras formas de amor, a matriz amorosa da função psicanalítica, como escreve Chuster (2024). Francesca narra: “Se eu tenho hoje um pouco de sabedoria e coragem, eu as aprendi com ele, como tomamos sol pelos poros da pele” (Associação Francesa de Psiquiatria, 1991/2022, p. 30).
A força do pensamento de Bion emana em nós a partir das suas ideias publicadas, palavras que entram pelos poros da pele do leitor. Na leitura dos textos também podemos ser afetados e transformados pela turbulência do encontro com a personalidade do autor. Ou, como escreveu Bion, a leitura de um texto precisa ser uma experiência transformadora.
Será que, quando alguém tão querido morre, nasce com intensidade dentro de nós? E permanece como uma presença viva e vitalizante nos anos vindouros? Somos feitos de sonhos e de presenças psíquicas, a autobiografia dos vínculos que nos constituem. Escutemos a voz de Francesca:
As palavras de um poema de John Donne (apenas muda o sexo) exprimem meus sentimentos de maneira bem mais emocionante do que eu pudesse jamais esperar fazer: “Tu não saíste, depois de tua partida: onde quer que estejas./Tu deixaste nela teus olhares atentos, e nela teu coração amoroso”. (Associação Francesa de Psiquiatria, 1991/2022, p. 36)
O ato de fé de que nos fala Bion, penso ser um côncavo amoroso da substância humana do analista, é uma aposta no humano; a confiança em que o sentido possa emergir da turbulência do encontro entre duas personalidades. Faz parte do humano o amor pela vida que é a fonte de todas as inúmeras e surpreendentes formas de amor, a matriz amorosa (Chuster, 2024).
A substância humana da função psicanalítica da personalidade precisa ter essa qualidade de uma hospitalidade ao outro, de uma amorosidade que em si comporta o ódio, a ambivalência dos primórdios da vida.
A capacidade negativa é essa receptividade côncava e amorosa ao outro, uma capacidade virtuosamente expectante, uma empatia suprema, como escreve Chuster (2019). Qualidade psíquica que contém e sustenta a violência dos estados psicóticos, que atacam e destroem os vínculos: a guerra, fora e dentro, sem fronteiras e sem continente.
A função psicanalítica da personalidade é parte da substância humana, ela dá forma às emoções que transbordam constantemente do vivido, do experienciado. A substância humana está em constante ebulição, como escreve Rocha Barros (2023), demandando um trabalho transformativo pela função psicanalítica da personalidade.
Conheci essa expressão - “função psicanalítica da personalidade” - primeiramente nos textos de Chuster (2011), depois a busquei em Bion e depois a reencontrei em Ogden (2009/2019). Existem livros que são nascedouros de ideias, como O objeto psicanalítico, que continua produzindo reverberações no meu pensamento. [5]
Chuster (2024) relata que o amor não está presente no mito de Édipo, e sim a arrogância, a crueldade, a busca da verdade sem amor e sem consideração. O amor, um componente fundamental da substância humana e seus destinatários, é uma transcendência da situação edípica. Transcendência contínua ao longo da vida, pois a situação edípica é o barro que constitui o humano. Criamos constantemente diferentes formas para o barro, a odisseia acaba apenas na cesura da morte.
Emanações da presença da nossa personalidade, nosso modo singular de exercer a função psicanalítica, no entanto, permanecem nos vínculos e nos textos, lembrando novamente o comentário de Bion (1965/2014c): todos os textos são autobiográficos. São um legado que atravessa gerações, uma forma de presença em palavras e nas palavras, que não são apenas marcas pretas no papel, são vivas e delas emana vida.
Do barro que somos besuntados e constituídos, nossas intensas paixões edípicas, transcendemos pela criação contínua de formas; algo novo emerge do barro bruto. Criar implica desmanchar-se e emergir renascido, em uma odisseia única, passageiros do desconhecido, como escreve Anne Lise.
Os estados psicóticos da mente são o campo do indiferenciado, do desmanchado, do absoluto, da guerra. Aprisionados pelas paixões edípicas, somos cruéis e estamos no campo da desumanização. Transcendendo nossas paixões edípicas, criamos a nós mesmos e ao mundo. Os estados não psicóticos de mente são o campo da substância humana, do amor à vida. Há um espectro entre o humano e o não humano, em movimento contínuo. A função psicanalítica da personalidade realiza o humano em nós, torna o barro de que somos constituídos um objeto de arte e cultura, uma criação, um texto, um vínculo amoroso, uma palavra terna.
Nas cartas à família encontramos a substância Bion que transcendeu à guerra, por habitá-la em outros textos e em outros lugares. Habitar e transcender são verbos conjugados em simetria: habitar para transcender; transcender para habitar novos lugares. Conjecturando, talvez seja isso que Francesca desejou mostrar publicando as cartas, o intenso amor à vida, exposto nos pequenos detalhes do cotidiano descritos por Bion. Ela nomeou tudo isso “o outro lado do gênio”, poderíamos então pensar na substância humana do gênio revelada na diferença de temperatura ao sol e na sombra, os pássaros, os lugares, a luminosidade do dia, a temperatura da água. Relatos da sensibilidade de Bion na sua forma de apreciar a vida, o seu amor à vida, a matriz amorosa da sua função psicanalítica da personalidade. Em 1975 Bion menciona nos seminários clínicos em Brasília, algo provocativo, como era seu estilo:
Com esse paciente pode ser muito importante mostrar-lhe, quando chegar a hora, que existe alguma capacidade de afeto, simpatia, compreensão - não apenas diagnóstico e cirurgia, não apenas jargão analítico, mas interesse pela pessoa. Você não pode formar médicos ou analistas - eles têm que nascer. (Bion, 1975/2014b, p. 24; tradução livre)
Um analista nasce a cada sessão a partir da sua substância humana, sua matriz amorosa, sustentada pela função psicanalítica da personalidade. Precisamos habitar e transcender nossas paixões edípicas a cada sessão, nossa equação pessoal.
Bion iniciou sua análise com Klein em 1945, permanecendo oito anos com ela.
Melanie Klein, de quem eu tinha ouvido falar e tive a oportunidade de observar à distância em uma ou duas ocasiões, era uma mulher bonita, digna e um tanto intimidadora. Minha experiência de associação com mulheres não foi encorajadora nem propícia ao crescimento de qualquer crença num resultado bem-sucedido. No entanto, fui vê-la. (Bion, 1985/2014a, pp. 71-72; tradução livre)
Será que, ao habitar a guerra com Klein, foi possível o emergir da sua capacidade amorosa? Bion foi grato a Klein, considerando-se e declarando-se um analista kleiniano em vários seminários, até o final da sua vida. Bion escreve sobre o final da análise com Klein:
Não me tornei mais receptivo aos seus pontos de vista, mas mais consciente da minha discordância. Mesmo assim, havia algo naquela série de experiências com ela que me fez sentir gratidão por ela e um desejo de ser independente do peso do tempo e das despesas de dinheiro e esforço envolvidos. Finalmente, depois de alguns anos, nos separamos. Ela, eu acho, sentiu que eu ainda tinha muito a aprender com ela, mas concordou com o término - em parte, sem dúvida, por perceber que o suficiente para wrb era o suficiente. (Bion, 1985/2014a, pp. 72-73; tradução livre)
Impossível dimensionar os efeitos de uma análise, mas parece ter sido uma experiência transformadora para ele, se considerarmos tudo que ele realizou depois de ter iniciado a análise e após o seu término.
Bion, quando conheceu Francesca, tinha publicado apenas os artigos compilados no livro Experiências com grupos, e estava apresentando o Gêmeo imaginário para se tornar membro da Sociedade Britânica (Sayers, 2002). Alguns dias antes de a conhecer, em março de 1951, ele escreveu:
Mas que melhoria? … Uma esposa, claro. Não preciso de um psicanalista para me dizer isso. Mas que esposa? Eu não conhecia ninguém, não queria alguém como Betty, não queria alguém como a garota que optou por não me escolher (Bion, 1985/2014a, p. 74; tradução livre)
Bion conheceu Francesca em um jantar na Tavistock; ela tinha 28 anos e ele, 53. As realizações que se seguiram na vida de Bion fazem pensar que algo no encontro com Klein foi transformador para ele, especialmente a relação com Francesca, que começou no início de 1951, seguida pelo casamento alguns meses depois. Bion escreve na ocasião: “É difícil perceber o quanto isso significa. Para todo o sempre, minha querida, eu a amo. Espero que você seja feliz, independentemente do que possa surgir em nosso caminho, e que eu possa torná-lo assim” (Bion, 1985/2014a, p. 113).
Francesca faleceu em 2015, após a conclusão da edição das Obras Completas de Bion, publicadas em 2014. Foram casados por 28 anos, e 36 anos entre a morte de Bion e a de Francesca, nos quais ela dedicou parte do seu tempo à publicação, organização e transmissão da obra dele. Francesca revelou sua amorosidade ao publicar as cartas, e um extremo cuidado com a obra de Bion em vida e após a morte dele. Ela foi nomeada membro associado da Sociedade Britânica de Psicanálise pela sua significativa contribuição à psicanálise.
Após 16 anos de casado, Bion escreve em uma das últimas cartas a Francesca, em Los Angeles (18 de outubro de 1967), um amor que permaneceu vitalizado ao longo dos anos:
E eu me pergunto como está, minha querida? Estou tão nervoso quanto um gato esperando você chegar. Não me atrevo a contar as horas e não posso deixar de fazê-lo. Então, se você estiver lendo isso antes de eu a ver, lembre-se de que estou muito nervoso. Eu não acho que posso ter-me apaixonado antes. Acredite em mim, é horrível e adorável ao mesmo tempo. (Bion, 1985/2014a, p. 171)
Após a leitura das cartas, escrevo uma grade imaginativa amorosa de Francesca para Bion, um brinde à luminosidade desse vínculo que continua nos alcançando:
Do vertical ao horizontal eu o encontrei, e foi macio e terno, uma visita a um lugar único, um privilégio ter estado lá. Fui tomada por emoções intensas e uma sensação de ter entrado no sagrado. Entre a penumbra e a claridade extrema do dia, não deu tempo de os meus olhos se adaptarem, e, quando olhei, você já não estava mais lá, partiu antes de partir, e eu fiquei, me sentindo intrusa, sentindo que toquei em folha de dormideira, que ao vento se fecha, coração apertado. Entrar e sair de terrenos sagrados talvez sejam atos heroicos, da penumbra à claridade em segundos, sem degraus para apoiar a alma em vertigem. Busco em mim a sensação da entrega, do toque macio e próximo, da horizontalidade do sagrado, e sou grata por ter vivido quase o impossível: ter habitado a ternura dos seus olhos.

Pelo sertão (Lívio Abramo, xilogravura, 1946-1948)
Notas
1 Psicanalista, professora livre-docente, orientadora de mestrado e doutorado no Programa de PósGraduação em Psicologia Clínica do IP-USP. Coordenadora do Laboratório Interinstitucional de Estudos da Intersubjetividade e Psicanálise Contemporânea (LiPSic). Autora de vários livros e artigos publicados em revistas nacionais e internacionais (www.marinarribeiro.com). São Paulo.
2 “Francesca Bion é a viúva de Wilfred Bion e a transcritora e primeira editora de seus seminários e palestras e de muitos de seus trabalhos publicados. Ela foi nomeada Associada da British Psychoanalytical Society em reconhecimento à importância de sua contribuição para a transmissão da psicanálise” (Mawson, 2014, p. XV; tradução livre).
3 Agradeço a Anne Lise Scappaticci o convite para comentar seu inspirador livro Psicanálise: uma atividade autobiográfica, na Febrapsi, em novembro de 2023. Momento no qual apresentei algumas ideias presentes neste texto, que evoluíram a partir da leitura do livro de Anne Lise.
4 “Substância humana” é um termo usado por Elias da Rocha Barros (2023).
5 Esse foi o primeiro livro que li do Arnaldo Chuster, estava voltando do encontro internacional Bion 2011 em Porto Alegre, no qual apresentei um trabalho sobre Transformações.
Referências
Associação Francesa de Psiquiatria (2022). W. R. Bion. Uma teoria para o futuro (L. H. S. Barbosa & U. S. Ramos, Trads.). Blucher. (Trabalho original publicado em 1991)
Bion, W. R. (2014a). All my sins remembered: another part of a life & The other side of genius: family letters. In C. Mawson (Ed.), The complete works of W. R. Bion (Vol. II, pp. 1-79). Karnac. (Trabalho original publicado em 1985)
Bion, W. R. (2014b). Clinical Seminars Brasilia. In C. Mawson (Ed.), The complete works of W. R. Bion (Vol. VIII, pp. 1-125). Karnac. (Trabalho original publicado em 1975)
Bion, W. R. (2014c). Transformations. In C. Mawson (Ed.), The complete works of W. R. Bion (Vol. 5, pp. 115-280). Karnac. (Trabalho original publicado em 1965)
Chuster, A. (2024). Linguagem de alcance psicanalítico. A diferença transcendental em W. R. Bion. Col. Academia de Psicanálise. Blucher.
Chuster, A. e cols. (2011). O objeto psicanalítico. Fundamentos de uma mudança de paradigma na psicanálise. Ed. do Autor.
Chuster, A. e cols. (2019). Capacidade negativa. Um caminho para a luz. Zagodoni.
Figueiredo, L. C. (2022). A mente do analista. Escuta.
Mawson, C. (2014). About the editor. In C. Mawson (Ed.), The complete works of W. R. Bion (Vol. I, p. XV). Karnac.
Ogden, T. H. (2019). Os quatro princípios do funcionamento mental segundo Bion. In T. S. Candi (Org.), Diálogos psicanalíticos contemporâneos: Bion e Laplanche - do afeto ao pensamento. Escuta. (Trabalho original publicado em 2009).
Paz, O. “Sobre o amor”. Vila dos Poetas. https://www.instagram.com/reel/C5OELnJrnCm/?igsh=MTNsYmhvejQwc2FraA==.
Ribeiro, M. F. R. (2019). Alguns apontamentos acerca da função psicanalítica da personalidade no campo analítico. A narrativa do analista e a do escritor. Cadernos de Psicanálise, v. 41, n. 40, 169-187, jan./jun. http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid =S1413-62952019000100011 .
Rocha Barros, E. (2023). Implicações epistemológicas em contraponto a uma interpretação simplista do enunciado de Bion: sem memória, sem desejo e sem compreensão prévia. In M. F. R. Ribeiro & E. M. de U. Cintra (Orgs.), Vastas Emoções e pensamentos imperfeitos. Diálogos bionianos. Cap. I. Blucher.
Sayers, J. (2002). Darling Francesca: Bion, love-letters and madness. Journal of European Studies, XXXII, 195-207.
Scappaticci, A. L. S. (2023). Psicanálise. Uma atividade autobiográfica. Blucher.



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